Naufrágio de barco pirata em Bombinhas: Marinha pede que empresa apresente cronograma de reflutuação
Também foi emitida uma portaria de retirada de tráfego, já que o barco pirata perdeu as condições de segurança originais
A empresa responsável pelo barco pirata que naufragou em Bombinhas, no Litoral Norte de SC, terá que apresentar dentro de dez dias um cronograma de reflutuação. É o que determinou o ofício da Marinha do Brasil enviado no sábado (17).
A embarcação “Pérola do Caribe”, utilizada para turismo náutico, naufragou parcialmente na praia de Morrinhos, em Bombinhas, na noite de quarta-feira (14).
O ofício enviado pela Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí (DelItajai) dá o prazo máximo de dez dias para a apresentação de um cronograma de reflutuação do barco, que segue afundando no local.
A Marinha também emitiu uma portaria de retirada de tráfego por tempo indeterminado por conta da perda das condições de segurança originais da embarcação. Dessa forma, o Certificado de Segurança da Navegação (CSN) não possui mais validade.
Após a retirada da embarcação, as condições operacionais deverão ser checadas e emitido um novo certificado antes da entrada em tráfego.
A Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina e a Fundação de Amparo ao Meio Ambiente de Bombinhas (FAMAB) atuam em contato com a Delitajai para verificar o risco de poluição hídrica. O acompanhamento é diário, afirma a nota da Marinha, com inspeções navais direcionadas à região.
Marinha vai investigar naufrágio de barco pirata
A Marinha do Brasil irá investigar as causas e circunstâncias do naufrágio de um barco pirata utilizado para passeios turísticos em Bombinhas, no Litoral Norte de SC, na noite de quarta-feira (14).
Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado e deve ser concluído em até 90 dias.
A embarcação naufragou parcialmente na praia de Morrinhos, na quinta-feira. Uma equipe da Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí (Delitajai) foi enviada ao local, e não constatou indícios de poluição hídrica.
O barco estava amarrado em uma poita, e não havia vítimas em decorrência do acidente, informa a nota da Marinha.
“De acordo com a Norma da Autoridade Marítima no 221 (NORMAM- 221/DPC), quando a embarcação em perigo no mar representar um risco de dano a terceiros ou ao meio ambiente, o armador e/ou a proprietário será o responsável pelas providências necessárias para anular ou minimizar esse risco e, caso o dano se concretize, pelas suas consequências sobre terceiros ou sobre o meio ambiente, sem prejuízo do direito regressivo que lhe possa corresponder”, diz o documento.
A Marinha explica que, depois de concluído o inquérito que irá apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades da ocorrência, ele será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a distribuição e autuação e encaminhará à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54.
O que diz empresa dona do barco pirata
O ND Mais procurou os canais oficiais da empresa responsável pela embarcação, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.
Em um comunicado publicado em uma página não oficial, que compartilha acontecimentos da cidade de Bombinhas, a empresa esclarece que os passeios continuam acontecendo em outros dois barcos da frota. Leia na íntegra:
“A empresa Piratas do Porto SC lamenta informar que na noite desta quarta-feira, dia 14, ocorreu uma avaria estrutural acidental em uma de nossas embarcações. É importante ressaltar que as condições climáticas adversas, caracterizadas por fortes ventos e chuvas intensas, podem ter contribuído significativamente para o incidente.
Neste momento, estamos concentrando todos os esforços na drenagem da embarcação afetada para avaliar os danos e fornecer maiores esclarecimentos sobre o ocorrido. Priorizamos a segurança e o bem-estar de nossos clientes e colaboradores e garantimos que estamos tomando todas as medidas necessárias para resolver a situação da forma mais eficiente possível.
Enquanto isso, queremos tranquilizar nossos clientes e parceiros informando que as atividades da empresa continuam normalmente com nossos outros barcos, Pirata do Porto e Barba Negra IV. Estamos comprometidos em oferecer experiências seguras e inesquecíveis a todos que embarcam conosco.”