Oficina que modificou BMW em que jovens morreram em Balneário Camboriu é investigada

Defesa alega que serviço foi terceirizado; laudos da perícia, divulgados na última sexta-feira (12), apontaram que o vazamento de monóxido de carbono que matou os jovens foi causado por uma ruptura na solda de um equipamento

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o dono de uma oficina mecânica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, por suspeita de ter modificado a BMW em que quatro jovens morreram de asfixia por monóxido de carbono (CO) em Balneário Camboriú (SC), no dia 1º de janeiro.

Segundo os laudos periciais divulgados pelas forças de segurança catarinenses em coletiva de imprensa na última sexta-feira (12), o vazamento de CO foi causado em função de uma ruptura na solda de um equipamento conhecido como ‘downpipe’. O gás tóxico, que não tem cheiro nem cor, foi levado para dentro do veículo através do ar-condicionado.

O item foi instalado no lugar do catalisador, equipamento obrigatório para a redução de poluentes. O downpipe proporciona maior vazão do fluxo de gases e intensifica a rotação da turbina a fim de aumentar a potência do carro, especialmente entre veículos mais modernos.

O advogado do dono da oficina informou que a modificação feita na BMW não foi realizada por mecânicos do estabelecimento. Segundo ele, o serviço foi terceirizado.

“É importante explicar que a empresa é uma empresa de estética automotiva. Então ela trabalha com diversos tipos de serviços, desde uma lavagem especializada até micro pinturas”, afirmou o advogado David Soares.

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