Vacina contra a dengue foi liberada no SUS, mas quando chega em SC?

A vacina contra a dengue foi liberada no Sistema Único de Saúde

A partir de fevereiro, a população brasileira contará com acesso à vacina contra a Dengue pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A poucos dias do início da distribuição.

O Ministério da Saúde planeja disponibilizar 460 mil doses da vacina contra a dengue em fevereiro, abrangendo todo o território nacional. Inicialmente, a estratégia de vacinação será focada em públicos específicos e em regiões consideradas prioritárias.

Segundo o governo do Estado, o Ministério da Saúde ainda não forneceu orientações sobre quando o imunizante será enviado para o território catarinense. No entanto, confirma que possui logística e seringas preparadas para aplicar os imunizantes.

“A logística é planejada de acordo com as orientações repassadas pelo Ministério da Saúde. Assim que o estado receber informações sobre público-alvo, quantidade e outros detalhes, a logística será iniciada”, explica a Secretaria do Estado da Saúde em nota.

Ao ser questionado, Sylvio Costa, Superintendente do Ministério da Saúde em Santa Catarina, explicou que ainda não há orientação sobre quando as vacinas serão enviadas para o estado ou qual será a população-alvo para receber os imunizantes.

Eficácia da vacina contra a dengue

Embora a eficácia global da Quedenga seja questionada, estudos indicam uma redução significativa de 62% na probabilidade de contrair Dengue e notáveis 83% na chance de hospitalização devido à doença, conforme a médica epidemiologista Ana Cristina Vidor.

“A cobertura abrangente para quem já teve Dengue inclui os quatro tipos de vírus (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4), enquanto para os sem histórico, foca nos vírus 1 e 2, mais prevalentes no Brasil”, explica.

Vidor destaca restrições importantes, limitando a aplicação a faixas etárias específicas. Crianças com menos de 4 anos e pessoas com mais de 60 anos não são elegíveis, devido à falta de estudos nessas categorias. Gestantes também estão excluídas, e mulheres que a receberem são aconselhadas a evitar engravidar nos primeiros 30 dias após a aplicação. O esquema vacinal requer duas doses, com a eficácia plena observada após a segunda, administrada três meses após a primeira.

Ela reforça: “É importante lembrar que a vacina não protege contra Chikungunya e Zika, ambos transmitidos pelo mesmo mosquito”.

Vidor conclui, esclarecendo que o combate ao Aedes aegypti permanece vital, com a conscientização e colaboração da população destacadas como instrumentos-chave na luta contra o mosquito. Apesar dos avanços na vacinação, a batalha contra o mosquito continua, e a cooperação de todos é essencial para vencer essa guerra.

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