Trump critica postura de reivindicação de DeSantis sobre a Rússia e papel de pacificador para 2024

Ex-presidente americano alerta para riscos de retórica imprudente e afirma ser o único candidato capaz de evitar a Terceira Guerra Mundial

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua preocupação nesta quarta-feira sobre o tom “infantil” e “imprudente” adotado na política externa e nas declarações do governador da Flórida, Ron DeSantis, em relação à Rússia. Trump, que promoveu a candidatura de DeSantis ao governo da Flórida em 2018, agora o critica por sua intenção de concorrer à indicação republicana para a presidência em 2024.

Em um vídeo divulgado às últimas declarações de DeSantis sobre a guerra na Ucrânia, Trump afirmou que tais comentários “revelam uma perigosidade falta de sofisticação histórica, intelectual e diplomática”. Ele enfatizou a importância da seriedade, sofisticação e perspectiva histórica na arte da política externa e na busca pela paz, desconsiderando pontos de conversa superficiais.

A controvérsia surgiu quando DeSantis inicialmente minimizou a gravidade da invasão russa à Ucrânia, chamando-a de “disputa territorial”. No entanto, ele criticou posteriormente o presidente russo, Vladimir Putin, chamando-o de “criminoso de guerra” e descrevendo a Rússia como “um posto de gasolina com armas nucleares”. DeSantis passou a adotar uma postura mais contundente, refletindo a tensão geopolítica envolvida na situação.

Trump argumentou que é o único candidato capaz de evitar a Terceira Guerra Mundial, destacando a necessidade de um estadista e pacificador na Casa Branca, em contraposição à retórica reciclada que busca a aprovação do atual sistema de política externa, que ele caracterizou como fracassado.

Até o momento, apenas Trump e a ex-governadora e ex-embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, são pré-candidatos republicanos para as eleições presidenciais de 2024, tornando a disputa interna no partido cada vez mais evidente. As declarações e posicionamentos dos pré-candidatos continuarão a influenciar o cenário político e as estratégias para as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

reportagem: Marcelo Fidêncio

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