Mãe de brasileira morta em ataque no Líbano busca apoio do Brasil para ser incluída em voo de resgate: ‘Fiquei sozinha’

Ikram Yassine é libanesa e teve a casa destruída em 23 de setembro. No ataque, a filha brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e o esposo, Raef Hussein Nassser, 44, foram mortos.

A mãe da brasileira morta com o pai em um ataque no Líbano busca o apoio da embaixada do Brasil para ser incluída junto com os três filhos no voo de resgate do país. A aeronave saiu nesta quarta-feira (2) do Rio de Janeiro e deve aguardar autorização antes de ir para Beirute.

Ikram Yassine é libanesa e teve a casa destruída em 23 de setembro. No ataque, a filha Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e o esposo, Raef Hussein Nassser, 44, foram mortos. Os corpos foram encontrados nos escombros abraçados, segundo a família.

“Fiquei sozinha, fiquei sem homem, sem filha grande para me ajudar. Então, eu quero ir embora daqui porque eu não consigo mais ficar aqui”, disse Ikram (assista acima).

Segundo Solange Barbieri, que é casada com o irmão de Ikram e mora em Santa Catarina, a mulher e os três filhos pequenos querem recomeçar a vida em Balneário Camboriú, no Litoral Norte. A libanesa já morou no estado por alguns anos, mas voltou ao Líbano um ano após a filha mais velha nascer.

Imagens mostram os rrmãos de Mirna que tentam deixar o Líbano junto com a mãe e ir para o Brasil — Foto: Arquivo pessoal

Imagens mostram os rrmãos de Mirna que tentam deixar o Líbano junto com a mãe e ir para o Brasil — Foto: Arquivo pessoal

 

Enquanto aguarda a chance de voltar ao Brasil, Ikram reúne documentos solicitados pela embaixada com a ajuda da família que mora no Brasil. Conforme Solange, a mulher encaminhou fotos dos documentos dela e dos filhos, idade de cada um e preencheu formulários para parentes estrangeiros em primeiro grau de brasileiros solicitados pelo governo.

A aeronave brasileira que fará a missão de repatriação ficará de prontidão em Portugal nos próximos dias. Não há previsão de quando o avião, que é da Força Aérea Brasileira (FAB), chegará ao Líbano e nem confirmação de quem será autorizado a embarcar nele.

Mirna Raef Nasser, brasileira de 16 anos, e o pai Raef Hussein Nassser, libanês, foram mortos em 23 de setembro — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Mirna Raef Nasser, brasileira de 16 anos, e o pai Raef Hussein Nassser, libanês, foram mortos em 23 de setembro — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Como foi a morte

 

Mirna Raef Nasser e a família deixaram a residência por conta dos ataques no Líbano que tiveram início há cerca de duas semanas. A adolescente e o pai dela, porém, precisaram voltar horas depois para pegar roupas e materiais escolares.

O que disse o Itamaray sobre a morte da jovem

O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar e consternação, da morte, no Sul do Líbano, da adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú – Santa Catarina. Segundo relato familiar, a adolescente e seu pai, de nacionalidade libanesa, foram atingidos por bombardeio aéreo, em casa, na segunda-feira, 23/9.

Trata-se da segunda vítima brasileira atingida pelos intensos bombardeios aéreos israelenses na região. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência à família da adolescente.

Ao expressar à família as mais sentidas condolências, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades.

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