Operação Praga: investigados teriam formado ‘cartel’ para fraudar licitações em SC
Suspeitos estariam atuando em diversos municípios desde 2018; Operação Praga cumpriu mandados em 14 cidades catarinenses
O grupo investigado pela Operação Praga, deflagrada na manhã desta segunda-feira (30), teria formado uma espécie de cartel para fraudar licitações de serviços de dedetização em várias cidades de Santa Catarina e de outros estados. A informação foi relevada pelo delegado Pedro Alves, que conduz as apurações.
Conforme Alves, pessoas físicas e jurídicas se uniram para frustar o caráter competitivo das licitações. “Eles ficavam atuando em vários municípios de modo a já pré-determinar quem poderia ser o vencedor daquela licitação”, explica. O esquema funcionava desde 2018, pelo menos.
Ainda segundo o delegado, os suspeitos já eram investigados em outros estado do país. A Polícia Civil, então, recebeu informações sobre a atuação do grupo na região e deu início a apuração pela 3ª Decor (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção).
As apurações também apontaram que o esquema causou prejuízos aos cofres públicos, já que os valores dos serviços ficavam acima do preço de mercado. Não há, até o momento, indícios de participação de agentes públicos no esquema. Um ex-servidor, cuja cidade não foi revelada, é investigado.
Entenda a Operação Praga
Segundo as investigações da Polícia Civil, os criminosos vêm realizando, ao longo dos anos, fraudes em licitações e pregões eletrônicos, buscando contratar serviços do ramo de desratização, dedetização e correlatos.
Em Santa Catarina, as cidades alvo foram:
- Joinville;
- Navegantes;
- Itapema;
- Lages;
- Florianópolis;
- Biguaçu;
- São José;
- Blumenau;
- Criciúma;
- São João Batista;
- Rio do Campo;
- Canoinhas;
- Pouso Redondo;
- Fraiburgo;
No Rio Grande do Sul, a ofensiva esteve na cidade de Victor Graeff, Nonoai e Ibirubá; no Paraná, em Curitiba, Matinhos, Fazenda Rio Grande e Pontal do Paraná; no estado de São Paulo, os endereços ficam na capital paulista.
Justiça bloqueia bens de investigados da Operação Praga
Além das ordens judiciais, também foi determinado o bloqueio de cerca de R$ 1 milhão de reais em contas bancárias. Veículos de luxo, ligados aos suspeitos, foram apreendidos.