‘Jogos de azar’: Balneário Camboriú é foco de operação policial que investiga influenciadores
Influenciadores digitais do Rio Grande do Sul investigados pela Polícia Civil ostentam vida de luxo com apartamento em Balneário Camboriú, viagens para o exterior e veículos caros
Uma operação da Polícia Civil de Canoas, no Rio Grande do Sul, foi deflagrada em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina na manhã desta terça-feira (06). A investigação apura crimes de exploração de jogos de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo a PC, os suspeitos são influenciadores digitais de Canoas que ostentam uma vida de luxo nas redes sociais, com veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão, viagens ao exterior e apartamento luxuoso em Balneário Camboriú.
Medidas são cumpridas em Balneário Camboriú e outras cidades
São 65 medidas cautelares cumpridas nas cidades de Canoas, Campo Bom e Novo Hamburgo, que ficam no RS, em Balneário Camboriú e na cidade de São Paulo.
A PC prendeu em flagrante duas pessoas em posse de arma de fogo, e apreendeu 15 veículos, juntamente com passaportes, arma de fogo, dinheiro em espécie e outros objetos.
O que a Polícia Civil descobriu na investigação
Ainda conforme a investigação da Polícia Civil, os suspeitos teriam sorteado casas, apartamentos, motos aquáticas, dinheiro e carros de luxo através da aquisição de cotas de valores pequenos, como R$ 0,10, que seriam divulgadas pelas redes sociais dos influenciadores.
A PC explica que, apesar de entregues, os prêmios seriam muitas vezes sorteados para pessoas próximas aos suspeitos. Além disso, a apuração também aponta para lavagem de dinheiro, devido às movimentações milionárias na conta dos investigados.
Estes valores seriam, conforme a polícia, misturados com outros, faturados por empresas dos influenciadores digitais que prestam serviços ou vendem valores paralelos.
Também foi apurado a propriedade de bens que não estão registrados no nome dos suspeitos. A PC explica que com a mescla do capital e a ocultação dos ativos provenientes de infrações penais, os investigados teriam lavado o dinheiro ilícito.
A “Operação Dubai” foi coordenada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas e pela Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD/ Deic).