Pescadores desaparecidos em SC podem ter ficado presos em rede, diz bombeiro
Há 18 dias, as famílias de Adolar Angel e Sérgio Ignowsky vivem uma angústia. Após saírem para pescar próximo a São Francisco do Sul, os dois amigos desapareceram e nunca mais foram vistos. Após sete dias, as buscas foram interrompidas, mas os familiares dos pescadores pedem que os trabalhos sejam retomados.
“Nós estamos pedindo por buscas em terra, nas ilhas, e alguma investigação, que não fique assim. Que não fique como um caso encerrado, nós precisamos de uma resposta”, afirma Jéssica dos Passos Camargo, sobrinha de Sérgio.
Estas buscas solicitadas pela família, porém, já foram realizadas, segundo o Corpo de Bombeiros. “A gente sempre visitava as ilhas, buscando encontrar estes vestígios e a gente não encontrou nada. Foi onde a gente adotou a estratégia de fazer a varredura via litoral”, explica o tenente Yuji Ezaki.
De acordo com Ezaki, a nova estratégia após o encerramento das buscas no mar seria mais eficiente. “A gente, basicamente, está procurando uma agulha num palheiro e não encontrou nenhum vestígio específico que apontasse um direcionamento”, diz.
Pescadores podem ter ficado presos à rede de pesca
Para o Corpo de Bombeiros, as chances de encontrar os pescadores com vida são baixas, já que até hoje nenhum vestígio surgiu. A hipótese é de que eles tenham ficados presos à rede de pesca que usavam no dia.
“A hipótese que a gente estava trabalhando junto com o pessoal da Marinha é que pudesse ser que a embarcação tivesse virado e, como eles estavam trabalhando com rede de pesca, os corpos ficaram enrolados na rede. Talvez por isso não tenham vindo até a superfície”, diz. Ezaki.
Chances dos pescadores terem sobrevivido são remotas
No caso dos amigos terem ficado à deriva, as chances de sobrevivência já se esgotaram, segundo o tenente. “Existem casos ao longo da história de pessoas que sobreviveram vários dias no mar, mas as chances são muito pequenas”.
Para os bombeiros, a falta de alimentação e hidratação, além das condições ambientais, principalmente por conta do inverno, diminuem ainda mais as chances de sobrevivência.
(ND Mais)