Investigação de suspeita de morte por febre de Oropouche de Visitante em Blumenau

Segundo Dive, ele se hospedou em Blumenau, no Vale do Itajaí, mas pode ter passado por várias cidades. SC tem 140 casos confirmados da doença.

Uma suspeita de morte por febre de Oropouche, de um homem que se hospedou em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é investigada, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), na segunda-feira (22).

O Ministério da Saúde confirmou que o caso de Santa Catarina é apurado. Outras duas suspeitas de mortes por febre de Oropouche são investigadas, ambas na Bahia. Não há nenhum caso de óbito pela doença confirmado no Brasil este ano, adiantou o ministério.

O homem que esteve em Blumenau é morador do Paraná e morreu em abril deste ano. Durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina.

A Dive informou que ele se hospedou em Blumenau, mas como veio ao estado a passeio, pode ter passado por mais cidades, o que será apurado.

No total, Santa Catarina registrou, em 2024, 140 casos de febre de Oropouche, a maioria no Vale do Itajaí. Este ano foi a primeira vez na história que o estado teve casos da doença.

Cidades de SC com mais casos de febre de Oropouche
Luiz Alves  – 65
Botuverá    – 35

Blumenau  – 09

Fonte: Dive

Febre do Oropouche

 

Conforme o Ministério da Saúde, a febre do Oropouche é causada por um arbovírus e é transmitida por mosquitos, principalmente Culicoides paraensis, conhecido como maruim, e o Culex quinquefasciatus, chamado popularmente de pernilongo.

Os sintomas são parecidos com os da dengue e da febre de chikungunya. São eles:

  • dor de cabeça
  • dor muscular
  • dor nas articulações
  • náusea
  • diarreia

 

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento dos sintomas, e ter acompanhamento da rede municipal de saúde, conforme a Dive.

Fábio Gaudenzi, da Dive, fala sobre prevenção contra febre de Oropouche

Como esses insetos se reproduzem em locais com matéria orgânica, ao contrário do Aedes aegypti, transmissor da dengue, que precisa de água parada, o controle populacional desses mosquitos é mais difícil.

Como forma de prevenção, a Dive recomenda barreiras físicas contra o maruim, como o uso de roupas compridas e telas em janelas. Não há no mercado um repelente muito eficaz contra o inseto.

A doença começou a ser registrada no Brasil em 1960 e ocorria mais no Norte do país, de acordo com o diretor da Dive/SC.

 

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