Venda falsa de terrenos em Itapema é desmascarada em operação no RS
Cinco foram presos na manhã desta quinta-feira (20), por supostamente promover venda falsa de terrenos milionários em Itapema, se passando por corretores, advogados e até proprietários
Cinco golpistas que se passavam por corretores de imóveis, advogados e até donos de terrenos milionários em Itapema, foram presos no Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (20) por promover vendas falsas desses imóveis.
A mega operação intitulada Unmask (“desmascarar” em inglês) foi desencadeada por equipes da Polícia Civil de Eldorado do Sul coordenadas pela Delegada Luciane Bertoletti e pelo Delegado Max Otto Ritter.
Além de celulares e computadores, os agentes apreenderam uma enorme quantidade de documentos, como escrituras públicas, procurações outorgando poderes, certidões de casamento, entre outros, supostamente falsos.
Uma quantidade de dinheiro sem procedência também foi apreendido e será enviado para perícia afim de saber o total dos valores. Os cinco suspeitos foram presos em Viamão e Porto Alegre.
Foram cumpridas 25 medidas cautelares, entre mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias.
Operação tenta identificar grupo que fazia escrituras falsas – Foto: DCS/PCRS/ReproduçãoO objetivo é o combate aos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa praticados pelos investigados contra vítimas residentes em diversos estados do país.
Com funcionava a venda falsa de terrenos em Itapema
A investigação apurou que os suspeitos integram um grupo criminoso que utiliza documentação falsa como carteiras de identidade, procurações e contratos de compra e venda de imóveis, para oferecer imóveis de alto valor, a maioria deles localizados em Itapema.
Fingindo ser corretores imobiliários, advogados e até mesmo os próprios proprietários dos terrenos eles enganam as vítimas, atraídas pela aparência de um negócio vantajoso, já que os terrenos são sempre oferecidos por um preço abaixo do valor de mercado imobiliário.
Mais de 60 policiais civis participaram da operação – Foto: DCS/PCRS/ReproduçãoApós transferirem o valor inicial da venda para garantir o negócio, as vítimas percebem que foram enganadas, pois os criminosos não são os verdadeiros proprietários nem possuem os terrenos, e as identidades, procurações e contratos são falsos.
Procurações falsas eram feitas em tabelionato de Eldorado do Sul
A Delegacia de Polícia de Eldorado do Sul apurou ainda que as procurações para a venda dos imóveis eram efetuadas pelos criminosos no tabelionato daquele município.
A DP de Eldorado identificou a participação de dois dos investigados no crime, em conexão com fatos criminosos investigados pela 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção.
Cinco pessoas foram presas em operação – Foto: DCS/PCRS/ReproduçãoEm razão disso, em esforço conjunto das duas Delegacias, será desencadeada, simultaneamente, a segunda fase da operação policial.
Nesta etapa apurou-se que os criminosos utilizaram dados dos sistemas do IPÊ-Prev, através da violação de sigilo funcional, para praticar várias formas de crimes contra a fé pública, incluindo falsificação de Carteiras Nacionais de Habilitação, boletos bancários, procurações e escrituras públicas de imóveis de alto valor.
As provas reunidas a partir das ações policiais demonstraram a continuidade dos atos criminosos pelos indivíduos que tiveram suas prisões preventivas decretadas pelo Poder Judiciário, em relação aos golpes praticados em tabelionatos e cartórios.
Nesta manhã, mais de 60 policiais cumpriram as medidas cautelares com apoio da CORE/PCRS, CORE/PCRJ e COPE/PCPR. A operação é da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Eldorado do Sul, em ação conjunta com a 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção do DEIC.
