Balneário Camboriú está entre as 10 mais violentas de SC

Dados do mais recentes do Atlas da Violência colocam 3 cidades do Litoral Norte entre as com maior taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes

Nacionalmente conhecidas pela força no turismo e na economia, três cidades do Litoral Norte catarinense aparecem entre as 10 cidades do Estado com o maior índice de homicídios, segundo dados da mais recente edição do Atlas da Violência.

A publicação, encabeçada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que Balneário Camboriú é o município catarinense de médio porte com maior taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes do Estado.

Balneário Camboriú, cidade de médio porte no topo da lista de homicídios em SC Praia Central Balneário Camboriú – Foto: Divulgação/PMBC

Os dados obtidos para a análise são referentes ao ano de 2022. Foram levados em consideração homicídios registrados e os chamados de “ocultos”, que são aqueles considerados, à princípio, como Mortes Violentas por Causa Indeterminada (MVCI).

De acordo com o documento, a cidade com metro quadrado mais caro do Brasil, Balneário Camboriú registrou 15 homicídios no ano de análise, além de outros três considerados ocultos, uma taxa de 12,9 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Na mesma lista, também aparecem entre as primeiras colocações em Santa Catarina as cidades vizinhas da primeira colocada, Camboriú (5º) e Itajaí (7º), casa de um dos maiores complexos portuários do Brasil.

Itajaí também figura na lista – Foto: SECOM Itajaí/ DivulgaçãoItajaí também figura na lista – Foto: SECOM Itajaí/ Divulgação

Em Camboriú, foram registrados oito homicídios em 2022, além de outros dois ocultos, uma taxa de 9,7 homicídios a cada 100 mil habitantes. Já em Itajaí, o Atlas destaca 21 homicídios registrados e mais três ocultos, totalizando 9,1 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Santa Catarina tem taxa de homicídios abaixo da média nacional

As informações presentes no ranking dão conta, contudo, que os números de Santa Catarina, incluindo os de Balneário Camboriú, estão “bastante abaixo da média nacional”.

“Todos os municípios em destaque no mapa, com taxas mais elevadas, possuem populações muito pequenas, o que faz com que o cálculo por cem mil habitantes possa se destacar, sem que isso represente realmente um cenário de violência, comparado a outros resultados no país”, diz a publicação.

Confira abaixo a lista com as cidades mais violentas de SC

  1. Balneário Camboriú – 12,9
  2. Chapecó – 12,6
  3. Palhoça – 10,8
  4. Joinville – 9,7
  5. Camboriú – 9,7
  6. São José – 9,6
  7. Itajaí – 9,1
  8. Florianópolis – 8,9
  9. Blumenau – 6,9
  10. Lages – 6,7
  11. Criciúma – 6,1
  12. Brusque – 4,2
  13. Tubarão – 3,6
  14. Jaraguá do Sul – 2,2

O que dizem as forças de segurança sobre as taxas de homicídios

O comandante do 3º CRPM de Camboriú, Major Juarez Cesar Scarant Júnior, informou que o policiamento na cidade é direcionado com base em estatísticas atuais, que totalizam 5 homicídios, sendo 3 confrontos em 2024.

Entre as ações feitas em Camboriú, destacam-se, pelo major, programas institucionais como Rede Catarina (para prevenir a violência doméstica) e operações direcionadas para combate ao tráfico de drogas, crime organizado e posse de arma de fogo.

Já em Itajaí, o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, Tenente-coronel Ciro Adriano da Silva, disse que os trabalhos de combate ao crime organizado fizeram com que o número de homicídios na cidade já tenha diminuído em 2023.

“O batalhão sempre acompanha as estatísticas de homicídios, a gente tenta se antecipar e prevenir ao máximo. Tem programas preventivos como a Rede Catarina e a gente trabalha muito forte também contra o crime organizado, que geralmente são os principais motivos do número de homicídios”, disse o comandante.

“Conseguimos diminuir esse número em 2023 para 19 homicídios. A Polícia Militar aqui de Itajaí sempre procurando realizar ações para baixar ainda mais esse número, pois isso é muito importante para o desenvolvimento da cidade”, conclui.

A reportagem procurou contato com o comando da Polícia Militar de Balneário Camboriú, que não retornou até o momento da publicação da matéria. O espaço segue aberto.

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