Leilão do arroz: o que disseram deputados de SC sobre edital anulado por suspeitas de fraude
Empresas vencedoras da licitação do leilão do arroz não tinham capacidade técnica para realizar importação; deputados criticaram atitudes do Governo Federal
Anulado na manhã desta terça-feira (11), após denúncias pelo Governo Federal, o leilão do arroz virou alvo de críticas por parlamentares. A suspensão ocorreu após denúncias de que as empresas vencedoras da licitação não eram do ramo e não tinham capacidade para importar o produto.
O objetivo do leilão era arrematar 263,7 mil toneladas de arroz importado para evitar a alta dos preços, mas a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) constatou que as empresas vencedoras não poderiam cumprir a entrega. A crise levou à demissão do secretário de Política Agrícola, Neri Geller.
O leilão do arroz foi realizado pelo governo como suprimento às perdas do produto no Rio Grande do Sul. Nas redes sociais, deputados criticaram a atitude do Governo Federal após as suspeitas de fraudes.
Deputados criticam leilão do arroz: ‘politicagem’
Anulado após empresas não possuírem capacidade logística e operacional para a entrega das mercadorias, o leilão do arroz foi alvo de críticas por parlamentares nas redes sociais.
“Após as suspeitas de fraude do leilão do arroz, a Conab decidiu anular o certame. As denúncias já resultaram na queda de um secretário de Lula”, disse a deputada estadual Carol de Toni (PL).
A deputada catarinense Júlia Zanatta (PL), alegou que o leilão do arroz escancarou a ‘picaretagem’ no Governo Federal. Em sua conta no X (antigo Twitter), ela destacou que o governo “faz politicagem em cima da tragédia do RS”.
Secretário de Política Agrícola pediu demissão do cargo
Com a anulação do leilão do arroz, o secretário de Política Agrícola de Lula, Neri Geller pediu demissão na manhã desta terça-feira (11). De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ele será exonerado do cargo.
A polêmica envolvia empresas que não eram do ramo, como sorveterias e locadoras de máquinas. Segundo o presidente do Conab, Edegar Pretto, só foi descoberto o segmento das empresas após o resultado da licitação.
“A partir da revelação de quem são essas empresas, começou os questionamentos se essas empresas teriam capacidade técnicas e financeiras para honrar os compromissos de um volume expressivo de dinheiro público”, disse Pretto.
Segundo o Ministério da Agricultura, um novo leilão será realizado e a busca por novos fornecedores competentes será realizada. A data para o novo leilão do arroz ainda não foi definida pelo Governo Federal.