Celulares de pai e filho suspeitos de enterrar esteticista sob piso de cozinha em SC são analisados, diz delegada

Vítima ficou desaparecida por cerca de duas semanas. Familiares foram detidos dois dias após corpo ser encontrado em Palhoça.

Os celulares do pai e do filho adolescente, suspeitos de matar a esteticista Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos, estão em processo de perícia, informou a delegada Gisele De Faria Jerônimo. O conteúdo será usado como prova no inquérito, já que o aparelho da vítima não foi encontrado. O caso é tratatado como feminicídio.

A mulher foi morta e enterrada sob o piso da própria casa em Palhoça, na Grande Florianópolis. O corpo dela foi achado no dia 22 de maio. Dois dias depois, os suspeitos foram detidos e ficaram em silêncio durante depoimento, informou a delegada.

Myah Trentin, que se define como melhor amiga de Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos, disse que a vítima atuava como esteticista, mas que já havia trabalhado como corretora e cuidadora.

“Ela sempre foi uma pessoa sincera, engraçada, brincalhona, dizia tudo o que sentia. Michele acreditava em vidas passadas, acreditava que nós éramos mãe e filha, pois nossa conexão sempre foi muito forte”, comenta.

 

Quando o crime aconteceu?

 

A suspeita da Polícia Civil é de que Michele tenha sido morta entre os dias 13 e 17 de maio. A causa da morte, a motivação do crime e os detalhes do laudo pericial do corpo da mulher não foram divulgados.

Captura dos suspeitos

 

Segundo a investigação, o filho da vítima e o companheiro dela são os únicos suspeitos do crime. O homem foi preso em São José, na Grande Florianópolis. Já o adolescente foi apreendido ao ser localizado em Palhoça, no mesmo dia. Ele foi levado ao sistema socioeducativo.

O adolescente foi apreendido por violência doméstica contra outro familiar. Os detalhes de como essa violência ocorreu ou contra quem seria não foram divulgadas pela polícia. A delegada trata o menor como suspeito, porém não deu detalhes sobre quais indícios levaram a investigação até ele.

Os nomes do homem preso e do adolescente não fram divulgados oficialmente. Por isso, a reportagem não conseguiu contato com a defesa deles.

Vítima e suspeitos moravam juntos

 

Segundo a Polícia Civil, os três moravam juntos na casa onde ela foi encontrada enterrada, no bairro Praia de Fora, em Palhoça. Alguns familiares disseram, em depoimento, que a vítima e o companheiro já estavam separados, enquanto outros afirmaram que o casal estava junto.

No início deste ano, Michele pediu medida protetiva por violência doméstica contra ele, que foi concedida pela Justiça, conforme a Polícia Civil. O homem chegou a ser preso em abril, mas foi solto na sequência, ainda segundo a investigação. Em seguida, a vítima revogou o pedido.

Além disso, familiares da vítima disseram que ela tinha uma relação conflituosa com o companheiro.

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