A megaoperação para limpar as torres gêmeas de Balneário Camboriú
Prédio é o mais alto da América Latina e operação de limpeza mobiliza alpinistas industriais
Eles acordam cedo para encarrar um desafio que poucos teriam coragem. O relógio marca 6h, o sol ainda está nascendo, e um grupo de alpinistas surge descendo, presos a cordas, as torres gêmeas de Balneário Camboriú. Qual o motivo? Limpar a fachada do Yachthouse ou, se preferir, o “prédio do Neymar”.
O trabalho começou em março e deve se estender pelos próximos quatro ou até cinco meses, por causa da complexidade da operação. Enquanto isso, não será incomum, para quem passar pela Barra Sul, ver os trabalhadores pendurados no mais alto arranha-céu da América Latina.
São 16 profissionais envolvidos no serviço. Eles chegam às 5h40min, começam a soltar as cordas na área de lazer do condomínio, depois vão para o heliponto onde o café da manhã é reforçado. Afinal, exceto em caso de alguma emergência, só vão pisar em solo firme no começo da tarde.
Uma imagem os mostra divididos em dois grupos, um em cada torre. São pequenos homens diante de um prédio com 295,6 metros de altura. O que não se percebe do chão são os apetrechos de trabalho: balde, produto de limpeza e até mop (aquele esfregão, sabe?) para deixar tudo impecável.
A operação, claro, segue normas de segurança para trabalho em altura. É serviço, ganha-pão, mas também é paixão pela altura. E lá de cima a paisagem é de tirar o fôlego (veja galeria).
Veja as fotos do trabalho nas alturas
A empresa responsável pela limpeza da fachada de vidro é a mesma que fez o teste de vedação da fachada do arranha céu, em novembro do ano passado. Na época, alguns deles conversaram com o NSC Total para contar como se tornaram alpinistas industriais — nome correto da profissão.
Muitos deles entraram nesse mercado pela habilidade nas alturas, pois já eram praticantes de montanhismo e escalada, por exemplo.