Dengue: Itajaí e Balneário Camboriú tem superlotação em UTIs e emergência
Hospitais de referências nos municípios estão com leitos de internação lotados e horas de espera no pronto atendimento, dificultando o combate e tratamento da dengue
Fortemente afetado pela crise da dengue, o Litoral Norte de Santa Catarina está sem vagas em hospitais. Diversos estabelecimentos da rede estão com os leitos de internação lotados, com alguns pacientes tendo que recorrer à telemedicina.
Apesar de ter colocado municípios em situação de emergência, a doença não é responsável, inteiramente, pela lotação. O que acontece, em alguns casos, é que contaminados precisando de tratamento imediato não poderiam ser tratados, pela falta de vagas.
No Hospital Marieta Konder, em Itajaí, 100% dos leitos da UTI estão ocupados, e a emergência também está lotada. Já o Hospital Infantil Pequeno Anjo tem 81% de ocupação, com seis suspeitos de dengue e um confirmado.
Ao final de fevereiro, o município montou um centro de triagem voltado exclusivamente a pacientes com suspeita da enfermidade. A ideia é, justamente, desafogar a alta demanda das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) locais.
Atendimento por dengue no pronto socorro em Balneário Camboriú pode durar horas
Balneário Camboriú passa pelas mesmas dificuldades. Os 118 leitos do Hospital Municipal Ruth Cardoso estão ocupados e, desde 29 de fevereiro, a instituição sofre com a superlotação. No pronto socorro, os pacientes precisam esperar por horas.
De acordo com a Secretaria de Saúde, nenhuma internação é por conta da dengue, até o momento, mas o município, assim como Itajaí, também abriu um centro de referência voltado ao tratamento da doença. São mais de 200 pessoas infectadas pelo vírus na cidade.
Uma alternativa para amenizar essa situação, segundo a secretaria, é que as pessoas utilizem o serviço de telemedicina, feito via Whatsapp. Dessa forma, pode-se fazer a consulta de forma online, sem precisar comparecer aos pontos de atendimento.
(NDMais)