Cobra gigante resgatada em portão de casa ficará no zoológico Balneário Camboriú

Após resgate em frente a uma residência, a píton-indiana albina, agora chamada de Oliver, é acolhida no Complexo Ambiental Cyro Gevaerd

Uma cobra píton-indiana albina, resgatada no primeiro dia do ano em Indaial, no Vale do Itajaí, ganhou um novo lar no zoológico Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, localizado em Balneário Camboriú. O réptil, que apareceu na frente do portão de uma casa, foi transferido para o zoológico dois dias após o resgate e já está disponível para visitação.

O resgate da serpente, que pesa 11 quilos e foi batizada de Oliver, ocorreu em 1º de janeiro. Após a intervenção, a píton foi encaminhada ao zoológico, onde passou por avaliação detalhada realizada por veterinários.

A bióloga Márcia Regina do Nascimento Gonçalves Achutti, responsável pelo zoológico, explicou o processo: “Assim que chegou, passou pela veterinária e bióloga, que fizeram exames para averiguar a saúde e biometria”. Com todos os exames satisfatórios, Oliver foi integrado ao terrário junto a outros animais.

A decisão de não devolver a serpente à natureza baseia-se no fato de que a espécie, Python molurus, é originária da Ásia e não é nativa do Brasil. A liberação desse tipo de animal poderia desequilibrar o ecossistema local, prejudicando a fauna existente.

Ana Veronica Cimardi, gerente de Biodiversidade e Florestas do Instituto do Meio Ambiente, esclareceu: “O controle de uma população se dá, por exemplo, pela disponibilidade de alimento e pela existência do predador natural. Uma espécie que é solta sem ser daquele local pode se multiplicar indiscriminadamente, tanto por não ter o predador natural, quanto por se alimentar de qualquer coisa”. Ela alerta que o crescimento descontrolado de uma população não nativa pode impactar negativamente as espécies locais.

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