Número de mortes por afogamento aumenta 20% em Santa Catarina

A temporada de verão 2023/2024 já registrou 30 vítimas fatais de afogamentos em Santa Catarina. O número é 20% maior que o registrado no mesmo período da temporada passada, quando 25 pessoas morreram. Os dados são do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) e englobam as ocorrências desde 16 de dezembro de 2023. Isso significa que o estado registrou mais de uma morte por dia desde o início do verão.

Ainda de acordo com o CBMSC, a média da idade das vítimas é de 29 anos. Do total, 11 mortes foram em água salgada (mar), 11 em água doce (rios e riachos) e oito em áreas privativas (piscinas). Vale lembrar que, no período mencionado, 1.097 pessoas foram salvas e/ou resgatadas pelos bombeiros.

Entre as últimas mortes registradas em Santa Catarina está a de um bombeiro de 56 anos, no município de Itapoá, no Litoral Norte. Luis Cavasani Neto estava com a família quando entrou no mar, nadou em direção a uma corrente de retorno, foi arrastado para o fundo e não conseguiu sair. Ele chegou a ser resgatado consciente pelos guarda-vidas, mas teve uma parada cardiorrespiratória ao chegar na faixa de areia.

Crianças perdidas

Outro dado importante divulgado pelas autoridades é em relação ao número de crianças perdidas. Nesta temporada foram 1.057 ocorrências, um aumento de 12%, já que na temporada passada foram 937.

Coronel Aldrin Silva de Souza, comandante da 1º Região Bombeiro Militar, afirma que nenhuma criança deve ficar sozinha em qualquer que seja o ambiente. “Quando trazemos essa realidade para o ambiente aquático, essa atenção precisa ser redobrada e constante”, destaca. A autoridade explica: “Além da possibilidade dessa criança ser levada por uma pessoa mal intencionada, há o alto risco de afogamento uma vez que sem supervisão adequada ela pode vir a entrar no mar que, independentemente da condição das ondas, não é um local para uma criança estar sozinha”.

Dica

Uma dica simples é a criança estar portando alguma identificação que leve a pessoa que a encontrou ao contato direto com o familiar. O CBMSC ressalta que em todos os postos de guarda-vidas há pulseirinhas de identificação, que podem ser usadas na água, em que o responsável preenche os seguintes dados: nome da criança, nome do responsável e telefone de contato.

Caso você se depare com uma criança perdida, procure acalmá-la e verifique se ela está com alguma identificação e se no entorno há alguém a procurando. Uma prática bastante comum é fazer o uso de palmas. Banhistas batem palmas para chamar a atenção das pessoas que estão no local.

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