Discord utilizado indevidamente para violência e exploração sexual em transmissão ao vivo no Brasil
No último domingo (25), uma reportagem exibida no programa Fantástico revelou casos chocantes de violência e humilhação contra meninas menores de idade em que estavam ao vivo envolvendo usuários brasileiros do Discord.
A plataforma está no centro de várias denúncias de envolvimento de grupos que promovem conteúdo abominável, incluindo exploração sexual, pedofilia, automutilação, racismo, maus tratos a animais e incitação a assassinatos, além de fuga de informações.
Em resposta a essas emoções, o Discord afirmou em maio que está empenhado em combater o chamado “conteúdo abominável”. No entanto, a versatilidade da plataforma tem facilitado o empreendimento de uma espécie de terra sem lei, onde grupos encorajam crimes sexuais e violência.
Especialistas apontam que o Discord se assemelha a uma versão mais moderada do 4chan, um fórum anônimo de extrema direita conhecido por disseminar teorias conspiratórias. A facilidade de anonimato e a ausência de regulamentação têm contribuído para a disseminação desses conteúdos prejudiciais.
No final de 2021, o Discord contava com mais de 150 milhões de usuários ativos e foi avaliado em US$ 14,7 bilhões, de acordo com o fornecedor de dados do mercado PitchBook.
A revelação desses casos perturbadores destaca a urgência de ações mais efetivas para combater a disseminação de conteúdo violento e exploratório nas plataformas online. A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo já havia criado uma força-tarefa em maio para combater esses crimes no Discord, disponibilizando um canal de denúncias para as vítimas.
É fundamental que as autoridades, empresas de tecnologia e a sociedade em geral trabalhem juntas para estabelecer medidas de segurança mais rigorosas, monitorar e denunciar ativamente atividades criminosas e garantir a proteção de crianças e adolescentes nas plataformas digitais.
A responsabilidade coletiva de promover um ambiente online seguro e livre de abusos é essencial para o bem-estar e a proteção dos usuários, especialmente os mais relacionados. É necessário um esforço conjunto para combater esses crimes e garantir que as plataformas sejam utilizadas de forma ética e responsável.
Porém não foi isto que ocorreu nestes episódios.